Vamos começar com a distinção de “morfema” e “morfe”.
Morfema: é a menor unidade significativa da
palavra. O morfema tem a propriedade de articular-se com outras unidades de seu
próprio nível.
Ex:
Ferreiro – Ferr/eiro – Ferr: raiz = (Morfema)
eiro: sufixo = (Morfema)
Morfe: Definição a partir da dualidade
abrstrato-concreto: é o segmento mínimo significativo recorrente que representa
um dado morfema.
Ex: o
morfe –s, em pedras, representa o morfema “plural dos nomes”.
É importante para a compreensão do comportamento
dos morfemas, a distinção que Bloomfield (1933) faz entre formas livres e
formas presas, com o acréscimo das formas dependentes de Câmara Jr (1970).
As formas livres constituem uma sequência que pode
funcionar isoladamente como comunicação. Se alguém disser a palavra “fogo”, haverá
pessoas que vão começar correr, outras vão ligar para os bombeiros, mas com
certeza todos vão compreender a situação. A palavra “fogo” é, uma forma livre, não
precisa da companhia de outros vocábulos.
A forma livre também pode ser usada em diálogos,
perguntas ou respostas.
Ex: - Você vai à festa?
- Sim.
- Onde?
- Lá.
- Sim.
- Onde?
- Lá.
Os
termos, sim, onde, lá, são formas livres.
As
formas presas não têm sentido sozinhas, só funcionam ligadas a outras. No texto
de Valter kehdi a definição de formas presas “(quando as palavras aparecem
atreladas, como o - s do plural em mesas)” segundo L. Blomfield. Um exemplo de
forma presa é o prefixo “re”, que precisa de palavras como: fazer, criar, agir para
adquirir sentido e criar outras palavras como: refazer, recriar, reagir, que
traz um sentido de repetição.
Mattoso
Câmara Jr. (1970) define o conceito de forma dependente, estas funcionam
ligadas às livres, mas distinguem-se delas por não funcionarem sozinhas como
comunicação suficiente. Distinguem-se das presas por permitirem a intercalação
de novas formas entre elas e as livres e por poderem variar de posição.
Ex: Artigos,
preposições, algumas conjunções e pronomes oblíquos átonos que por si só não
podem constituir um enunciado.
Conhecendo
as formas, vamos ver como uma palavra pode ser constituída:
a)
De uma forma livre mínima, indivisível: leal, luz.
b)
De duas formas livres mínimas: beija-flor,
couve-flor.
c)
De uma forma livre e uma ou mais presas: lealdade,
in-feliz-mente.
d)
Apenas de formas presas (afixos, prefixos e
sufixos): im-prev-vis-í-vel.
Para descontrair.
Na tirinha acima, o termo “socorro”
no primeiro quadrinho, é uma forma livre, pois só de dizer a palavra “socorro”,
já se entende que alguém está precisando de ajuda, ou correndo algum perigo, (claro,
se não for o nome de alguém... kkkkkkk), sem precisar de outros vocábulos para
compreender a situação.
Olá, Marcos!
ResponderExcluirBoa definição dos conceitos. Senti apenas que o quadrinho poderia ser mais utilizado; você poderia ter comentado um pouco mais sobre ele e analisado outras palavras. Observe, também, a pontuação e acentuação. Abraços :)